Os orgãos na Medicina Tradicional Chinesa não têm a mesma definição que na Medicina Ocidental.
Os orgãos são considerados "partes do corpo" que tem uma função física (que pode ou não ser idêntica a função ocidental) e manifestações clínicas, mas também estão relacionados com emoções e até com o fenótipo do próprio individuo. Podemos considerar que estes "orgãos", que a partir de agora estarão com letra maíscula para diferenciar da medicina ocidental, que tem como base uma "ilha do corpo", ou seja, a região do Estômago não representa apenas o estômago mas também a área onde este se localiza, e inclui também as suas manifestações clínicas, bem como, as emoções associadas e todas as outras características orientais relacionadas.
Assim podemos concluir que um Órgão representa uma tendência da função vegetativa.
Podemos definir Medicina Tradicional Chinesa como um sistema de sensações e "descobertas" feitas para estabelecer um estado da função vegetativa. Isto pode ser tratado através de farmacologia, acupuntura, tuina, qigong e dietetica.
Depois de há dois anos ter falado um pouco sobre Qi gostaria ainda de acrescentar uma nova definição. Qi é a capacidade vegetativa para o funcionamento de um tecido ou orgão e que pode causar a sensação de pressão, rasgamento ou movimento. É uma energia imaterial com qualificação e direcção.
Para perceber a Medicina Tradicional Chinesa temos de ser capazes de nos afastarmos da nossa definição de orgão, vísceras e tentarmos perceber que para além da função fisica temos também uma psicologica, emocional e até espiritual do próprio Órgão.
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